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Marca e cultura. Uma relação one voice.

A cultura da empresa é estrategicamente fundamental para que a marca seja um sucesso? Sim, ou não. Explico: independente do setor, idade ou tamanho, toda empresa é um agrupamento de pessoas que buscam o lucro através do relacionamento com outras pessoas. Isso faz com que marcas não sejam muros, que escondem o que a empresa é, mas sim espelhos que refletem a verdade.

É muito simples, mas poucos percebem que nesse contexto as significações, emoções e experiências, nascem. Quando todos entendem quem é a empresa, e o que ela defende, descobrem também seu papel na entrega da promessa, e transformam-se em parte ativa da construção e da manutenção da marca. Só assim discurso e prática estão alinhados.

E quando a relação de compra e uso acontece, alguns fatores geram significados e percepções sobre quem é a marca, resultando em uma experiência única. Essa equação compara, minimamente, a promessa feita, a expectativa gerada e o resultado obtido. Aí estão os benefícios emocionais que permeiam a principal fatia em relação à reputação de uma marca.

Em outras palavras, pessoas compram emoções. No entanto, precisamos entender esses elementos como algo gerado pela percepção de cada um e sua sensibilidade sensorial em relação ao ambiente. Ou seja, intangível.

Perceba que o tangível de uma marca é o mundo concreto das corporações, o universo das metas, normas, processos e da própria estrutura física. Esses componentes, mais objetivos, acabam sendo facilmente identificados, organizados e mensurados

Por outro lado, gerenciar os componentes intangíveis tem a ver com a leitura das simbologias, das sensações e da significação das emoções vividas pelos clientes. Se “o essencial é invisível aos olhos”, como na clássica frase de Saint-Exupéry, o que precisamos como marca é encontrar formas de incorporar e gerenciar esses valores, inspirando e influenciando as pessoas. Esse processo envolve a análise de tudo o que permeia as relações interpessoais, além das percepções geradas interna e externamente por cada ação ou discurso da empresa.

Aqui, entra a importância da cultura, do propósito e do jeito único de ser de cada negócio. E se as experiências dominam a formação de opinião (percepção de qualidade, satisfação, valor, fidelidade) e o desejo do cliente em relação a encontros subsequentes, não adianta criar uma promessa que gere atração, interesse e desejo se a entrega não for condizente, alinhada e coerente à expectativa criada. No fim, o colaborador é a marca para o cliente.

Por tudo isso, construir a marca de dentro para fora é a única forma de tangibilizar a cultura com autenticidade, gerando relevância e influenciando a reputação. O resultado dessa equação gera significado para quem está fora e inspira quem está dentro a ser parte ativa, respirando a mesma marca e crescendo de forma sustentável e cooperativa.

Acontece que um mercado cada vez mais concorrido, poluído, etéreo e em constante mudança, gera incertezas e barreiras cada vez mais densas para as marcas. Mas existe uma bússola, e o nome dela é cultura. Como sempre digo, não existe fórmula pronta e não há receita para o sucesso. Mas, com certeza, você estará muito mais próximo se for verdadeiro, coerente e consistente à autenticidade da sua essência cultural.


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