Artigo

Na prática, sua empresa são as pessoas

Douglas Conte - cofounder Qore.me

Simplificação é uma exigência cada vez mais latente. A era da informação, com a mesma velocidade que abriu portas, aproximou pessoas e democratizou o saber, criou ruídos, excessos e desordem sem precedentes. Fica cada vez mais difícil saber o que é verdade, o que faz sentido e quem são, efetivamente, os verdadeiros especialistas em determinados assuntos. Como contrapartida, esse turbilhão de excessos criou uma necessidade latente de diferenciação e isso, por sua vez, gerou um monte de novos termos, fórmulas, conceitos e disciplinas. Escuto, em diversas reuniões, clientes reclamando por não saber o que fazer. “Uma vez eu precisava de marketing. Agora, tem branding, endomarketing, redes social, marca empregadora, SEO, sem contar em todos os termos e conceitos do próprio marketing. Não sei para onde correr.”

De fato, é impossível acompanhar e investir em tudo isso. Faz parte! Como humanos, somos complexos, não adianta. Nosso processo de tomada de decisão, a forma como agimos e nos relacionamos e todas as nossas sinapses emocionais fazem como que tenhamos sempre a tendência de complicar. Transformamos soluções retas em problemas tortuosos. No entanto, assim como em outros grandes momentos da história, é hora de descomplicar.

Talvez isso fique ainda mais claro quando olhamos para os grandes pensadores e gênios da humanidade. Todos eles, sem exceção, chegaram a conclusão de que o caminho é reduzir. Leonardo da Vinci falou que a simplicidade é o último grau de sofisticação. Steve Jobs disse que é preciso trabalhar duro para deixar o seu pensamento limpo e torná-lo simples. Charles Mingus, um dos grandes gênios do Jazz, disse que tornar o simples complicado é fácil. Tornar o complicado simples, é que é criatividade. E o próprio “menos é mais” de Mies van der Rohe comprova o fato.

A verdade é que cedo ou tarde nos damos conta de que o caminho é mais simples do que imaginamos. O mundo precisa, definitivamente, caminhar nesse sentido, ou seja, ser mais claro, direto, horizontal e realmente autêntico não poderá ser questão de escolha. Pensando nisso, acabei de me dar conta de que tudo isso que escrevi como introdução para contextualizar, também é uma forma de complicar.

Então, vou simplificar: as pessoas são o caminho. Uma empresa não vai para frente sem suas pessoas. Sua marca são seus funcionários e o sucesso do seu negócio só acontece se estiver alicerçado neles. Você precisa, antes de tudo, entendê-los, conhecendo os seus sistemas, comportamentos e os verdadeiros valores que os unem.

Esse é o guia, a bússola. Fortalecer essa cultura é fazer com que todos respirem a mesma empresa e remem na mesma direção.

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