Artigo
Você pode até não olhar para a cultura, mas isso não significa que ela não exista e se fortaleça a cada dia.
Carlos Palhares, cofounder Qore.me e especialista em cultura e endomarketing
Como diriaEdgar Schein “Se você não influenciar a cultura, ela influenciará você – e pode ser que você nem perceba”.
Toda empresa tem um cultura que é formada de maneira consciente ou até mesmo inconsciente, como vemos em muitos casos.
Mesmo que você não queira, diariamente, o jeito de ser vai alimentando a cultura existente. As atitudes e os comportamentos de cada colaborador (principalmente da alta gestão e da liderança), os símbolos existentes (rituais, palavras...) e os sistemas (processos, regras...) dão conta de fortalecer o “Eu Corporativo”.
As decisões que impactam a vida dos colaboradores reverberam mais ainda na solidificação dessa cultura. Muito fácil parecer ser uma empresa diferente, quando se tem verba e equipe. Agora, quando falta recursos, quando precisa decidir entre o caminho A ou B, entre promover ou reconhecer o colaborador X ou Y, os sinais ficam mais verdadeiros e fortes. É aí que dificilmente a empresa conseguirá parecer aquilo que a sua cultura não é.
Tudo isso vai gerando, em todos na organização, sentimentos, percepções e crenças de como a empresa é para esses profissionais. Não é possível controlar como as pessoas sentem e percebem, mas despertar e influenciar sim. Desde que você tenha clareza do seu jeito de ser e de como ele é percebido hoje e alinhe as práticas internas, para estarem coerentes com os discursos e intenções organizacionais.
Toda empresa tem pontos desconexos. Faz parte do crescimento, das adaptações e movimentos necessários para se manter no mercado. De tempos em tempos, é importante olhar para eles e alinhá-los, pois é a imagem que está sendo propagada para os colaboradores e reverberada no mercado.
Não olhar para a cultura pode ser uma escolha, mas isso não faz com que ela desapareça ou perca a sua relevância. Simples assim ;)